quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

DERIVA

É como estar à deriva. Não como o náufrago que encontrou uma ilha deserta, ícone clichê para reflexões filosóficas, sim como alguém preso a uma balsa, um toco flutuante de madeira, que não protege de tubarões mas salva do afogamento. Para onde? Sem sextante, sem bússola nem gps. Indo, seguindo, prosseguindo. A vida é o mar. O horizonte é o destino. A navegação porém é vaga. Devagar não se vai longe, mas mais longe para quê? A sede cede ante o sal da água sob o sol do dia, e já é noite. Sem lua, sem estrela d'alva. Céu nublado. Via láctea coalhada. Breu, limbo, navego em braille. O sentido perdeu-se na última tentativa de fazê-lo. Quem se importaria afinal com a origem, quando o rumo acaba de se dissolver. Se não há futuro, para que haveria passado? Não há lógica nem emoção. O que só permanece é a imensa e oceânica indagação. Há mar para quê?

sábado, 17 de setembro de 2011

Um pouco de tudo

Política, saúde, educação, direito do consumidor, comentários, dicas, lições, artigos et cetera (do Latiim: et coetera = e as demais coisas). De tudo um pouco, sempre que possível com alguma dose de bom humor e otimismo, sem ingenuidade.

Para começar, um comentário sobre o passeio a uma fazenda do Vale do Paraíba. Recomenda-se no folheto promocional, que as mulheres usem vestidos longos e os homens terno e gravata, para que se sintam como as pessoas da época, em noite de sarau. Em resumo, para quem quiser se sentir um típico dono de escravos, um barão do café do Segundo Império, ou um convidado dele.
O que será que pode haver de bom em tal experiência? Tá bom que vale a pena saber como era a elite de então, mas daí a aprovar o que faziam, vai uma longa distância.