terça-feira, 9 de agosto de 2016

No terceiro e último episódio - intitulado A BAÍA VIVA - do documentário Toxic Guanabara, os realizadores apontam uma esperança: A Área de Proteção Ambiental (APA) de Guapimirim e o Parque Ecológico Guanabara, vistos pelo analista ambiental Klinton Serra como uma espécie de Arca de Noé capaz de salvar várias espécies que vivem e dependem das águas da baía de Guanabara

Baía de Guanabara ameaçada. Neste segundo episódio, intitulado A Baía Química, o documentário trata do despejo de lixo tóxico, como tinta, óleo, gás e outros produtos vindos de navios ancorados na baía. O entrevista é o pescador e ativista ambiental Alexandre Anderson que denuncia inclusive que já teve a vida ameaçada por tenter proteger a Baía de Guanabara

A Baía de Guanabara está ameaçada. É o que mostra este documentário em 3 episódios. No primeiro, intitulado A Baía Triste, o foco é no lixo e no esgoto despejados constantemente na Baía. O biólogo e ambientalista Mário Moscatelli afirma que já está cansado de repetir a mesma coisa sobre a Baía. O local, que já abrigou baleias, hoje não passa de uma grande privada, a grande privada do Rio de Janeiro.

BBC Brasil encontra homem que diz já ter produzido mais de 70 mil mudas de plantas com as quais tenta reflorestar as favelas do Rio

Três dias depois da elogiada abertura dos Jogos Olímpicos do Rio, em que os organizadores da festa fizeram os atletas plantarem sementes de árvores para o que pretende ser "a floresta dos atletas", o site da BBC Brasil publicou a matéria sobre o homem que calcula já ter produzido mais de 70 mil mudas de plantas e que sonha em reflorestar as favelas do Rio. Veja a matéria no site da BBC:

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O Dia da Sobrecarga da Terra: palestra sobre consumo sustentável de André Trigueiro no Museu do Amanhã



Em palestra pelo Dia da Sobrecarga da Terra, o jornalista  e ambientalista André Trigueiro criticou a organização dos Jogos Olímpicos por não ter calculado  o custo ambiental ou a Pegada Ecológica do evento.

Hoje foi o Dia da Sobrecarga da Terra (Overshoot Day, em inglês). Para explicar o termo e falar sobre o tema, o jornalista e ambientalista André Trigueiro fez a palestra – Consumo Sustentável, uma questão de sobrevivência – para um grupo de 50 pessoas na tarde desta segunda-feira, no Observatório do Amanhã, um mini-auditório do Museu do Amanhã, na Praça Mauá.

A expressão “Sobrecarga da Terra” refere-se à quantidade de recursos que são consumidos no Planeta durante o ano. Para que a situação fosse sustentável, seria necessário que os recursos durassem até o ultimo dia de dezembro, mas eles chegaram ao fim hoje. Em outras palavras, é como se a humanidade dispusesse de, por exemplo, X toneladas de alimentos para consumir até 31 de dezembro de 2016 e constatasse hoje que a dispensa está vazia. Ou seja, de amanhã em diante, estará havendo sobrecarga.

O cálculo é feito com base na metodologia que calcula a Pegada Ecológica. Criada pela Global Footprint Network ela propõe um longo questionário que abastece um software. As perguntas são sobre o que cada um come todos os dias, como se locomove e o que possui, entre outras coisas. Com as respostas fornecidas é calculado o tanto de hectares do planeta necessários para abastecer a demanda de um indivíduo, de uma família, de uma cidade, um país ou de toda a humanidade.
Segundo André Trigueiro, o IBOPE e o WWF fizeram uma pesquisa sobre a pegada ecológica dos brasileiros em 2008. A constatação foi que para atender de maneira sustentável a demanda por consumo das classes A e B, seriam necessários três planetas Terra. Trigueiro acredita que o problema não é o consumo em si, mas o consumismo. Ele acrescenta que faltam informações às pessoas que se entregam ao exagero do consumo, pois elas não sabem que a voracidade delas tem um preço pago pela natureza. Isto é, cada coisa que elas compram corresponde a um pedaço retirado dos recursos naturais disponíveis.

O ambientalista aproveitou para criticar a organização dos Jogos Olímpicos do Rio que, em momento algum, avaliou a Pegada Ecológica que um evento de tamanha proporção teria. O certo, diz ele, seria calcular a pegada e repor antecipadamente o que previsivelmente seria consumido.
A situação se agrava quando se leva em conta a condição da própria cidade do Rio, comparada a Tóquio, no Japão, devido à dependência de outras cidades. Conforme explica André Trigueiro, os alimentos vêm de fora, a água vem do Rio Guandu, que por sua vez é abastecido pelo Paraíba do Sul; o lixo é descartado em Seropédica, tudo isso só faz aumentar a Pegada Ecológica do Rio, dos cariocas e, em ocasiões como esta, dos milhares de visitantes da cidade que também querem consumir o que houver de melhor.

Numa demonstração de otimismo, o palestrante lembra que houve época em que as pessoas fumavam cigarros até dentro de aviões, assim como houve época em que as pessoas não limpavam o cocô de seus cachorros quando os levavam para passear e todo mundo quando ia ao supermercado fazia questão das sacolas de plástico. Hoje, tudo isso mudou, não por causa da lei ou de repressão, mas devido à consciência, aos valores introjetados, portanto à cultura. É sobre isso que André Trigueiro fala no video anexo.

Em palestra no Dia da Sobrecarga da Terra, André Trigueiro diz que Rio não avaliou Pegada Ecológica dos Jogos Olímpicos